Podem ter certeza de que não se trata de
humor negro. Até porque não gosto de tripudiar sobre a dor dos outros, por
menor que seja. Não consigo nem achar graça naqueles tombos horríveis
apresentados nas vídeos-cacetada dos infames domingos do Faustão.
Juro pra vocês que não consigo achar graça
nos infelizes caindo, tombos horrorosos e servindo de piada. Concordo que seja
motivo de felicidade para ortopedistas, fisioterapeutas e afins, fora
isso,pimenta nos olhos dos outros... É colírio!!!
Nestas últimas semanas, no entanto, dois
temas desviaram minha atenção. Um, o de todo ano, mês de maio, mês das mães. Antigamente,
antes da revolução feminina, era mês das noivas também. Agora, mês das noivas é
Dezembro, século XXI, mulherada trabalhando, o casal quer sair em lua-de-mel
sem perder muitos dias no trabalho. Novos tempos.
Natural falar das mães, sugerir presentes,
homenagens, chorar a ausência das que já não estão entre nós. Momentos alegres
para uns, tristes e saudosos para outros. Mas nessas datas é sempre assim.
Mas , uma outra espécie de mãe tem
chamado a nossa atenção. São as tão malfadadas
madrastas.Aquela figura , que toda criança aprendeu a temer desde que começou a
ouvir histórias de fadas. Fadas, bruxas, reis, rainhas, princesas, príncipes e
madrastas. Até aí, nenhum problema!
Afinal, as crianças precisam aprender sobre
o bem e o mal. A verdade e a mentira. A riqueza e a pobreza. Afinal, as
crianças crescem, e descobrem saudavelmente que a varinha da fada não
funciona,que o Bambi e o esquilo não vão conversar com ela se ela for passear
no bosque, que só o nosso presidente é que vai almoçar com o rei e a rainha de
um país distante.Descobrem cedinho que a bruxa malvada ninguém mais é do que a
Xuxa, com uma verruga de mentira no nariz, e que o príncipe bonitão está
lutando na guerra pra se divertir!!!
E a madrasta? A madrasta nunca foi e nunca
fica boazinha... A imagem que nos acompanha é sempre a da megera, pedindo o
coração da criança ao caçador. Até o caçador, ecologicamente incorreto, vira
bonzinho e livra a cara da enteada
perseguida. Mas será, que todas as madrastas têm
espelho que fala? Todas elas têm cara de bruxa sem verruga?Será que todas são
histéricas? Não acredito!!! Sabem por quê?EU SOU UMA MADRASTA!!!
E tenho minhas conclusões sobre elas.
As madrastas más são magrelas, caras azedas,metem medo mesmo!!! E as crianças
foram ensinadas a temê-las. Por mais que uma madrasta seja boa para os enteados
eles sempre terão um pé atrás com
ela. Quando estão com raiva da gente não nos chamam de nada. Nem
tia, nem nome, nem nada! É “ELA”!!! “- ELA está chamando!É Ela no telefone! Aposto que foi ELA que não deixou a gente ir no
cinema!!!” É a saga da
madrasta!!!
E ainda por cima para “queimar o nosso filme”, de nós, pobres madrastas que não temos nem
um dia em nossa homenagem, aparecem essas representantes daquela que o pai da
Branca de Neve, o rei otário, escolheu, e conseguem transformar história em
notícia macabra e virar a história do avesso.
Mas, nós, as mãe-drastas, hoje, deveríamos ganhar como presente, desses filhos que
ajudamos a educar e que aprendemos a amar, um Espelho Mágico, que nos
respondesse à pergunta da consciência: “Espelho”!
Espelho meu! Existe uma madrasta mais mãe do que eu?E quantas mães, ao
fazerem a pergunta inversa não veriam o espelho se quebrar???
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07/05/2011
FELIZ DIA DAS "MÃE-DRASTAS"
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