08/03/2011

MULHER,ESSE BICHO ESQUISITO

O que querem as mulheres afinal?Essa é a pergunta do momento. Como se somente agora a curiosidade sobre as fêmeas da espécie humana tivesse sido despertada.
Desde Freud, desde sempre, a mulher, ou melhor, dizendo, a alma feminina, foi alvo de dúvidas, interrogações, questionamentos. Não só por parte do seu oposto, o bicho homem, como também, por parte das próprias interessadas na solução da questão.
O querem as mulheres da vida? Elas responderão: Amor e felicidade.
E da sociedade, que espera o sexo frágil?Respeito, oportunidades dignas de todo ser humano, liberdade de expressão, possibilidades reais e justas de realizar-se profissionalmente...
Mas... E o que ela mais deseja mesmo?Como mulher? Um homem!!!
Machista? Eu? Feminista ou não, machista, antiga ou moderna, toda mulher sempre quis e quer: “Um homem pra chamar de seu, mesmo que seja eu...” já escrevia um compositor mais sensível...
É claro que ela também quer muita coisa dela própria, como mulher. Já ouve um dia que lhe bastava ser uma boa  “mulherzinha”: Saber cuidar das crias , cujo número era escolhido pelo marido, ser uma boa cozinheira, adivinhar os desejos  do seu homem, saber o que mais agradava seu provedor, fosse ela uma senhora de respeito ou uma prostituta.
Foi criada para ser a que orientava e aconchegava a família, mesmo que para isso fosse necessário esquecer seus sonhos e desejos.
Hoje não é muito diferente... Desculpem-me as feministas. Mas muitas das mulheres que herdaram os seios sem sutiãs, inúmeras vezes lamentam a rebeldia de suas ancestrais revolucionárias.Que tirassem até as calcinhas e deixassem a pílula libertadora, como realmente deixaram, mas que deixassem também as mordomias, os charminhos, a despreocupação e a proteção das cavernas.
Com menos tempo para pensar e bordados para fazer, esse ser eternamente caracterizado de frágil, foi tornando-se mais e mais forte, e exigindo dela mesma, a perfeição que não poderá alcançar nunca.
Nunca seremos as mães perfeitas, as profissionais e as amantes perfeitas, ao mesmo tempo, nem para nós mesmos, muito menos para nossas famílias, nossos chefes ou nossos homens.
Em compensação, a nossa sede de perfeição, e a necessidade de se igualar aos homens, nos transformou em pessoas mais reflexivas, exigentes e... Infelizes.
Quem pensa mais, sofre mais. Descobre seus defeitos e os dos outros, nesse caso, do homem.Consequentemente,chegamos à conclusão que não podemos muda-los , ao mundo e a nós mesmas.
E é o que tentamos fazer todos os dias. Mudamos nossa aparência, para agradar a quem gostamos e até mesmo a quem rejeitamos. Estamos aos poucos e, sorrateiramente, tomando, com garras afiadas o poder das mãos dos machos, fingindo que são eles que continuam no poder, como fizemos sempre.
Transformamo-nos naquilo que esperam que sejamos, isto é, fortes e decididas, para no momento seguinte desmoronar em lágrimas e saudades do sapo que não virou príncipe.
Queremos o sapo, na beira da lagoa e uma choupana para sermos felizes para sempre.Mas, queremos também o príncipe montado em seu Mercedes branco e seus cartões de crédito,nos levando para palácios em ilhas paradisíacas.
Queremos que o sapo nos entenda , nos console e nos explique, e que o príncipe pague nossas contas e nos conforte e nos aqueça. Queremos filhos educados e bem sucedidos que não tivemos tempo de educar, pois buscávamos a nossa realização profissional para nos sentirmos poderosas e acima de qualquer homem.
Hoje, queremos apenas ser simplesmente mulheres, com seus homens, seus filhos e um trabalho que nos realize. Homens que nos entendam, filhos que nos dêem colo e chefes que reconheçam o quanto valemos.Isso é querer muito?

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