30/03/2012

ARICLENES E O PAI DE SANTO





Não existe bicho mais curioso que mulher!E a minha amiga Ariclenes não podia ser diferente. Lembra da Ariclenes? Aquela... Que encontrou um despacho na porta da casa dela, com uma foto nossa, vela e coisa e tal, lembra? Pois é. A coitada, apesar de não acreditar nessas coisas (nem religiosa ela é), resolveu investigar.

Recorreu a um Pai de Santo “porreta”, renomado, com pedigree e tudo. Numa cidade distante daqui , é claro, para não ter dúvidas, pois Ariclenes é cética, desconfiada demais... É óbvio que isso tudo sai caro. E lá se foi metade do salário da minha amiga. Só na primeira consulta.Se fosse um problema cardíaco saia mais barato, com eletro e tudo...

Na primeira sacudida que o Pai de Santo deu já contou o caso todo, sem que ela falasse nada. Ponto pra ele. Resolveu mudar de assunto pra relaxar um pouco o ambiente e falou da vida amorosa da Ariclenes, deu uns conselhos... E ela lá desconfiada. Pra testar o caboclo pediu o nome dos dois últimos namorados.

O Pai de santo revirou os olhos, rebolou, sacudiu os quadris, tomou um gole de cachaça, ajoelhou e por fim deu nome, endereço e local de trabalho dos últimos pretendentes da minha amiga e de lambuja a marca do carro do próximo que está na fila. Ela saiu de lá toda animadinha...

Mas o que a levou lá foi saber quem colocou nossa foto em uma macumba na porta da casa dela. O macumbeiro acalmou Ariclenes. Disse que a pessoa já teve seu castigo. Que o que vai, volta. E perguntou se Ariclenes queria mandar o troco. Fazer um “trabalhinho” para a pessoa marvada que colocou sua foto e das amigas na tal macumba. ““-De jeito nenhum, “seu” Pai Juaquim, eu sou "do Bem”. Só quero  saber o nome da pessoa, moço, o nome, entendeu, o  n- o- m- e !!!

Ah! Mizifia. Já dei muita informação hoje! E a senhora confirmou tudo. Se quiser dou até o CPF. Já lhe disse que a pessoa que fez a macumba não pode lhe atingir mais. Que agora, Eu mantenho ela longe de vosmecê. Mas pra lhe dar o nome... Só em outra consulta!!!

Conclusão: Curiosidade às vezes sai caro. Nós, as amigas de Ariclenes, estamos pensando, se vale ou não a pena, fazer uma vaquinha, só pra descobrir nome e endereço da tal macumbeira de retrato de jornal. Agora que a gente descobriu um Pai de Santo porreta... Que só dá bola dentro...  Só de curiosidade...



29/03/2012

Somos programados para acreditar em Deus?





Algumas habilidades humanas, tais como a música, são tratadas como dons: alguns parecem “ter nascido para a música”. No entanto, tarefas como andar e falar são comuns a todas as pessoas saudáveis, todos fomos “nascidos para andar” ou para falar. Será que é possível incluir a tendência de crer em Deus em um destes dois grupos? Acreditar em uma divindade é algo que vem naturalmente com o ser humano ou não?

Um autor norte-americano, Justin Barrett, acredita que sim. Ao analisar pesquisas antropológicas de várias universidades americanas, ele defende que quase todos nós nascemos naturalmente “crentes em Deus”.
Isso significa que, usando a lógica do andar ou falar, estamos naturalizados com a religião e a crença tão logo ela nos é apresentada, ainda na primeira infância. Seria uma tendência incluída na mente desde o nascimento.

Um estudo psicológico com bebês de 9 meses de idade, conduzido pela Universidade Emory (Atlanta, EUA), fez experimentos cognitivos. Os pesquisadores observaram que o cérebro das crianças, para entender o mundo, faz associações a partir de “agentes” (qualquer fator de ação ao seu redor, não necessariamente uma pessoa), e de como podem interagir com eles.
Naturalmente, os bebês sabem que tais agentes têm uma finalidade, ainda que seja desconhecida, e que os agentes podem existir mesmo que não possam ser vistos (é por isso, por exemplo, que filhotes de animais buscam se proteger de predadores mesmo que não os tenham visto).

Essa tendência, segundo o autor, facilita que se acredite em Deus. Não nos causa estranheza atribuir determinados fenômenos a um ente desconhecido: nosso cérebro pode lidar com isso sem problemas.
Outra pesquisa, da Universidade Calvin, em Grand Rapids (Michigan, EUA) vai ainda além: não apenas temos naturalidade com a ideia de um agente invisível, como somos diretamente propensos a este pensamento. Além disso, tais tendências não desaparecem na infância, se prolongando pela vida adulta na maioria dos casos.

Desde a infância, somos condicionados a acreditar que todas as coisas têm um propósito fixo. Uma terceira faculdade americana, Universidade de Boston (Massachussets, EUA), estudou crianças de 5 anos que visitavam um zoológico e olhavam para a jaula dos tigres.
Os pesquisadores descobriram que as crianças são mais propensas a acreditar que “os tigres foram feitos para andar, comer e serem vistos no zoológico”, do que “ainda que possam comer, andar e serem vistos, não é para isso que foram feitos”.

Temos dificuldade em não saber a razão da existência de algo, por isso recorremos a divindades. Este ente superior, por deter uma resposta que o ser humano não pode descobrir, recebe naturalmente atribuições de onisciência, onipresença e imortalidade, pois nosso cérebro tende a depositar todo o universo desconhecido em tal entidade.
O autor ainda lança uma pergunta: se Deus é aceito pelas crianças em um mecanismo de atribuição do desconhecido, semelhante ao Papai Noel ou a Fada do Dente, porque as crenças nestes últimos morrem com a infância e a ideia de Deus tende a permanecer na vida adulta?

Isso se explica, segundo ele, porque a imagem de Deus é mais poderosa. Papai Noel sabe apenas que deve te entregar um presente no dia 25 se você se comportou, e a Fada verifica apenas se você escondeu o dente debaixo do travesseiro.
Deus, ao contrário – e desde sempre somos levados a acreditar nisso -, sabe não apenas tudo o que você faz, mas também todos os outros seres do mundo e do universo. É por isso que algumas pessoas só passam a crer em Deus depois de mais velhas, mas ninguém retoma na vida adulta uma crença no Papai Noel: isso é algo restrito ao imaginário infantil. [New Scientist]


28/03/2012

SEM FORÇAS PRA IR A LUTA...




EU  SÓ FICO EM SEUS BRAÇOS PORQUE                          NÃO TENHO FORÇAS PRÁ TENTAR IR À LUTA ...

 Por Luiza Elizabeth
 É aquela coisa de acordar e não saber como vai ser o dia. O que fazer? Como sobreviver a mais um turbilhão de dúvidas, sentimentos não resolvidos, sequer classificados...

Às vezes até a gente mesmo classifica como covardia, inércia, sei lá, qualquer coisa, menos o que a gente sente de verdade : Falta de forças para recomeçar uma nova vida! Mesmo sabendo que está tudo, ou quase tudo errado. Mesmo sem saber quais são os sentimentos que vagueiam pelo coração aflito, mesmo assim. Começar como???

E o tempo vai passando,  e as coisas que a gente esperava que fossem ter concerto se deterioram mais e mais, e cada vez que a gente olha pros lados buscando uma saída , as portas estão mais estreitas, e os túneis mais escuros... Cada dia a gente arranja uma desculpa para esperar pelo dia seguinte

Amanhã tudo vai melhorar. Ela vai enxergar os erros cometidos.Todo mundo tem direito a mais uma chance afinal. E por aí vai.Pensar em acordar sem ela então... por um lado é alívio, por outro parece o fim do mundo.Aquela dor que só adolescente pensa que sente e acha que não vai acabar nunca!!!

Tomar a decisão de começar uma vida nova, seja em que setor for, é realmente algo complicado.Ninguém tem bola de cristal, ninguém quer sofrer mais do que já está sofrendo com a situação atual.Mas, a verdade é que não dá pra ficar adiando a decisão de ser feliz um dia a vida toda , e ficar ali, engolindo sapo, fazendo todo mundo sofrer com sua infelicidade, porque não sabe como vai ser amanhã!!!

Ninguém sabe o dia de amanhã! Isso é bom . Faz da nossa vida um mar de surpresas! Precisamos entretanto, olhar para o que estamos fazendo de nossa vida HOJE! O que estamos construindo para nós? O TEMPO NÃO PARA, nem volta!!! 

Cada minuto é uma jóia preciosa que precisamos saber usar com sabedoria, alegria, direcionando todos esses minutos para a construção da nossa felicidade!Por que ter medo? Se estivermos infelizes nesse momento, nada pior do que isso pode acontecer. Só uma doença! E já está provado que a tristeza e a infelicidade detonam dentro de nós  todo tipo de mal, físico e psicológico.

Triste é quando duas pessoas sabem que suas vidas precisam tomar outro rumo, e nenhuma das duas é honesta para consigo mesma a ponto de dar o primeiro passo, e assumir  a atitude da mudança. As mulheres, como sempre as mulheres (depois dizem que eu sou feminista, radical), é que têm tomado a iniciativa corajosa de  dar um basta no sofrimento dos filhos(cada dia mais envolvidos no relacionamento errado dos pais) e no seu próprio sofrimento, e corajosamente têm olhado de frente para o espelho da vida e enxergado que nenhum sacrifício vale a felicidade e o nosso amor por nós mesmos...

Sair de uma relação é difícil, mas ficar nela por falta de coragem de ir à luta é no mínimo vergonhoso. E não vale mais, colocar desculpa nos filhos, porque eles são os primeiros a sofrer com uma relação apodrecida.Você vai pagar terapeuta de qualquer jeito. 

Só vale permanecer numa relação se houver sentimento!!! Sentimento verdadeiro, sentimento que leva a reconstruir dia após dia o relacionamento que teima a se deteriorar com a rotina, com os problemas financeiros, com a educação dos filhos, com as querelas da família... Sentimentos de amor ou pelo menos de amizade e carinho conquistados com o tempo !

Assusta a idéia de lutar pra ser feliz! Mas ficar em braços frios, que não aquecem a alma e o coração, tornam as pessoas pequenas, sem horizontes, sem olhos brilhantes, murchas,encurvadas, sem graça, sem paixão pela vida!!!        

27/03/2012

Homem ou mulher: quem é o melhor chefe?




Debatam o quanto quiserem, mas a ciência já tem sua resposta: as mulheres são melhores chefes. Essa é a conclusão de um novo levantamento, que constatou que as mulheres conduzem cargos de gestão de uma forma mais democrática, permitindo que os funcionários participem na tomada de decisões e estabeleçam canais de comunicação interpessoais.


“Em linha com as diferenças de gênero conhecidas na liderança individual, descobrimos que nos locais de trabalho com mais gestores mulheres, mais feedback individualizado é realizado”, disse o autor do estudo, Eduardo Melero, professor da Universidade Carlos III de Madrid.

A pesquisa foi baseada em dados da Pesquisa de Ambientes e Relações de Trabalho, um levantamento dos locais de trabalho do Reino Unido. Melero analisou os dados com foco no número de mulheres em cargos gerenciais em empresas e as táticas de liderança empregadas por essas empresas.

A pesquisa também traz evidência, embora mais fraca, de que nesses ambientes de trabalho as decisões são tomadas de forma mais democrática e mais canais interpessoais de comunicação são estabelecidos.

Esses canais interpessoais de comunicação facilitam a comunicação mais estreita entre os administradores e empregados em empresas com mulheres em cargos gerenciais.

Isso tem um duplo benefício para essas organizações. Primeiro, as empresas são capazes de tomar decisões mais bem informadas, já que as opiniões dos empregados serão utilizadas no processo de tomada de decisão. Além disso, os funcionários também terão a sensação de contribuir e ter suas opiniões ouvidas no trabalho.

“As gerentes parecem estar mais inclinadas a usar esses tipos de práticas, individualmente, bem como promovê-las entre o resto da equipe”, disse Melero. “E como tal, uma equipe de gestão com mais mulheres poderia ser mais eficaz (mantendo todos os outros fatores constantes) na implementação dessas práticas”.

26/03/2012

"Ai, se eu te pego" =






PARA REFLEXÃO.....

ANÁLISE LITERÁRIA DA MÚSICA:      “AI, SE EU TE PEGO”
                                                                               
                                                                                por Edmilson Borret, professor de Português

Já que professor de literatura sou, dediquei alguns minutos do meu
precioso tempo para me debruçar sobre a letra desse "fenômeno" de
crítica e público que assola as rádios e tv's, não só do Brasil, mas
também do mundo: "Ai, se eu te pego", desse grande artista chamado
Michel Teló.
Uma letra de música tão profunda, filosófica e poética como essa
merece, sem sombra de dúvida, uma análise literária mais esmiuçada...
Então vamos lá!


"Delícia, delícia
Assim você me mata"
Nos versos acima, nota-se de imediato que o eu lírico expressa
metaforicamente seu deleite sexual, chegando mesmo - pode-se dizer - a
um estado de clímax sexual, um orgasmo. Entretanto, à medida que
avançamos na leitura da letra da música, percebemos logo no verso
seguinte uma ideia parodoxal que nos leva a constatar que talvez o eu
lírico, através de um eufemismo muito bem elaborado, aponte para uma
das práticas difundidas na tradição literária ocidental,
principalmente a partir do Romantismo. Observem o verso:

"Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego"

A anáfora presente nesse verso, com a repetição da interjeição "ai",
mais uma vez denota a ideia de deleite, de clímax sexual. Entretanto,
através do papel hipotético conferido pela conjunção condicional "se",
percebe-se que o eu lírico não chegou, de fato, a um enlace, a uma
conjunção carnal com o objeto de seu desejo: o "ai se eu te pego"
signicando algo como "ai, como eu gostaria de te pegar" ou "ai, se eu
pudesse te pegar" (levando-se em consideração também o neologismo já
absorvida pela linguagem coloquial quando ele usa o verbo "pegar" para significar o ato sexual).

Ou seja: se, nos dois primeiros versos, o eu lírico expressa seu
deleite, seu clímax sexual, seu orgasmo; mas, logo imediatamente, nos
dá dicas de que o enlace sexual não ocorreu de fato, somos
forçosamente levados a considerar que o eu lírico é...

UM PUNHETEIRO DE MARCA MAIOR!

25/03/2012

Camisinha - Usos errdos


Um artigo recente reviu 50 estudos sobre usos errados de camisinha. Proteja-se! Confira os erros comuns que prevaleceram:

     Aplicação tardia: entre 17 e 51,1% das pessoas afirmaram colocar a camisinha
 depois do começo do sexo. Outros estudos descobriram que isso acontece
 com 1,5 até 24,8% dos encontros sexuais.
    
     Remover antes: entre 13,6 e 44,7% dos indivíduos entrevistados tiraram a camisinha antes do sexo terminar. Outros estudos descobriram que isso acontece entre 1,4 a 26,8% dos casos.              

             Desenrolar a camisinha antes de colocá-la: entre 2,1 e 25,3% das pessoas disseram desenrolar a camisinha antes de usá-la.      Falta de espaço na ponta: não deixar o espaço necessário na ponta aconteceu em 24,3 a 45,7% das pessoas, dependendo do estudo.

Não remover o ar: cerca de metade (48,1%) das mulheres e 41,6% dos homens comentaram casos em que o ar não foi retirado da ponta da camisinha.
Camisinhas ao contrário: entre 4 e 30,4% das pessoas comentaram utilizar uma camisinha novamente, enrolando ela para o lado contrário.

Não desenrolar completamente: 11,2% das mulheres e 8,8% dos homens começaram o sexo sem desenrolar completamente a camisinha.
Exposição a objetos pontiagudos: entre 2,1 e 11,2% das pessoas usaram objetos afiados para abrir o pacote da camisinha.

Não checar a camisinha: 82,7% das mulheres e 74,5% dos homens não checaram a camisinha antes de usá-la.
Falta de lubrificação: entre 16 e 25,8% dos participantes usaram camisinha sem lubrificação.

Lubrificantes errados: em cerca de 4,1% dos sexos, as pessoas usaram lubrificantes derivados do petróleo no látex, o que pode degradar a camisinha. Cerca de 3,2% das mulheres e 4,7% dos homens comentaram isso.
 
Retirar incorretamente: retirar de maneira errada após a ejaculação foi comentado por 57% das pessoas, em um estudo. Cerca de 31% dos homens e 27% das mulheres comentaram isso.
Usar a camisinha novamente: entre 1,4 e 3,3% dos participantes reutilizaram a camisinha pelo menos mais uma vez após o sexo.

Guardar incorretamente: entre 3,3 e 19,1% dos participantes guardaram as camisinhas em condições fora da recomendação do pacote.

Enquanto o uso adequado da camisinha tem um percentual de segurança de 98% para evitar a gravidez, erros podem aumentar o risco dela estourar, vazar ou outros problemas. Aqui estão os números desses problemas:

Rasgar: em vários estudos, entre 0,8 e 40,7% dos participantes comentaram ter experimentado essas situação. Em alguns estudos, os níveis de sexo com uma camisinha estourada chegaram a 32,8%.

Escorregar: entre 13,1 e 19,3% dos participantes afirmaram que a camisinha havia escorregado.
Vazar: camisinhas vazaram em cerca de 0,4 a 6,5% dos encontros sexuais estudados, com 7,6% dos homens e 12,5% das mulheres comentando ter experimentado esse tipo de situação. [LiveScience]

24/03/2012

Amigo é coisa pra se guardar





AMIGO É COISA PRA SE GUARDAR DO LADO ESQUERDO DO PEITO!!!
Por Luiza Elizabeth 

  É claro que sofremos por não sermos compreendidos.E é claro que não abrimos mão do nosso jeitinho de ser...Todos nós queremos ser amados, mas também queremos amar da nossa maneira, e essa nem sempre agrada as multidões, e isso quase sempre nos causa dor...

Tenho refletido muito nos últimos dias sobre até que ponto as amizades nos transformam, nos dão alegrias ou tristezas.Muitos amigos talvez se revoltem com minhas reflexões, mas eu já disse certa vez que escrevo pra mim. 

É na folha branca que jogo a sujeira da minha alma!Já que me calo na maioria das vezes, e só observo, e quando falo minha palavra é dura, tenho tentado cultivar a Arte de Calar. Por Compaixão! Compaixão primeiramente por mim, depois pelos que comigo convivem.

Tenho me perguntado se é justo para conosco se isolar, se calar, não dizer o pensa, sentir a dor do outro e não ajudar, só para não se intrometer, não se machucar.Já me machuquei algumas vezes.Já senti dor por ser do jeito que sou. Falar o que penso, sentir o que sinto.

Me acham metida, fresca, não arreganho os dentes pra quem não gosto, e adoro abraçar e beijar quem eu gosto e sinto carinho. Acho uma delícia ser assim. Abraçar muito, beijar muito.Acho que independente de ser coisa do povo latino faz bem pra alma demonstrar para as pessoas que você as ama, dizer que as ama, sem pudor, sem vergonha. Com os amigos principalmente. 

Amizade não é só isso, mas também é isso.Nos permitirmos ser como somos e aceitarmos o outro como ele é, mostrando seus erros e elogiando suas vitórias.
Talvez por isso eu tenha poucos amigos. Amizade pra mim é coisa séria. Não sei ficar só na cerveja e no churrasco. Só no pagode e na fofoca. Aliás, isso pra mim dura pouco. Talvez por isso eu vá acabar meus dias sozinha, tomando vinho num pé de serra, cercada de mato, livros e Cds. Eu e eu.

Mas enquanto esse dia não chega, eu acredito que posso conviver com as pessoas do meu jeito. Elas do jeito delas.Cada um buscando dentro de si o que tem de melhor para oferecer ao outro. Porque se não for pra isso, sentar junto pra que? Só pra falar da vida dos outros? Só pra olhar pra bunda do garçom? Só pra reclamar da música do bar que sempre esta no volume que a gente não tolera? A comida que não é a que a gente esperava que fosse? Fica em casa ué!!!

Sou chata, mas sou legal de vez em quando!!! Só não tolero perder tempo nessa vida. Não sei quando estarei pegando o trem para sair dela e fazer a viagem de volta.Acredito que mesmo nos divertindo, o tempo pode ser bem aproveitado para nosso crescimento, para ajudarmos os amigos de mesa de bar e trocarmos informações proveitosas para todos.

Cada pessoa tem uma coisa boa que deve ser cultivada por quem realmente é amigo.É assim que descobrimos quando um circulo de amizades  é verdadeiro e funciona! Quando as pessoas se preocupam em entender o porque de cada um ser da maneira que é e ajudar aquele com quem convive a desenvolver suas potencialidades e corrigir seus defeitos. Os meus, os seus os nossos!!! Ouvir e escutar, olhar nos olhos e entender, enxugar a lágrima do outro ou mais importante que isso: Chorar junto!!!

E quem disser que mesa de bar não é lugar pra isso, não sabe curtir uma cachaça, só bebe pra dormir mais rápido quando chega em casa ou para não ver o tempo passar, está passando pela vida sem viver, e isso é crime.Amigo é pra se guardar e usar na hora que precisar. 

Seja na mesa do bar, seja no aconchego do nosso lar debaixo de mantas de lã assistindo um filme, filosofando barato, trocando receita ou reclamando do governo.Amigo é isso e muito mais.Amigo que é amigo morre junto, acha a gente chata, mas não desiste e se for preciso, pra nos acompanhar, toma até chá...

 ( Em homenagem à turma dessas fotos...)

23/03/2012

A carta



 

A família Rossini vivia em extrema pobreza. A luta de Yussef para alimentar os quatro filhos e a esposa Samia parecia inócua. Aquele país, que um dia fora cartão postal para turistas e que para uns poucos ainda significava luxo e riqueza, para a família Rossini só representava pobreza e desilusão. Mas ele não perdia a esperança, morreria lá, onde nasceram os seus ancestrais.

Foi a tristeza do pai e a fome dos irmãos que estimulou Mamede Rossini, seu primogênito, a tentar a vida em outro país. Um lugar sem guerras,sem desertos áridos e acenando com a possibilidade de prosperidade.
Foi com o coração partido que o jovem Rossini abandonou a Terra natal, a família e, principalmente o pai, que tanto amava. Veio para o Brasil. Não sem antes fazer ao amado pai uma promessa:A de que assim que se tornasse um homem rico, mandaria dinheiro suficiente para que o mesmo pudesse comprar uma casa descente, confortável e pudesse viver dignamente .

Aqui chegando, Mamede, como todo imigrante, entregou-se ao trabalho duro. Ele tinha um objetivo, uma meta  a ser alcançada.Não havia abandonado sua família, seus costumes, tudo enfim,para nada.
Homens da Terra de Mamede casavam-se jovens. Casamentos prometidos desde a infância, mas, ele mesmo não tinha nenhuma jovem deixada para trás, a quem tivesse que se unir. Mas aqui chegando, constituiu família ao apaixonar-se perdidamente por uma brasileira, mulher de muitos encantos, que logo se tornou a mãe de seus vários filhos.

A vida da nova família Rossini no Brasil prosperava. Graças a muito trabalho, o jovem Rossini conseguia criar os filhos, dar-lhes conforto e uma boa educação. Seu grande sonho era ver os filhos formados, doutores, com suas próprias famílias, e mesmo distante, mantendo as tradições da Terra distante, da qual, por vezes, ainda sentia uma saudade nostálgica e doída.

Matava a saudade através das cartas. Cartas essas que esperava ansioso a cada mês e que abria vorazmente, ávido por notícias do pai, da família e dos amigos deixados para trás, no passado.
Eram essas cartas que o acalentavam e faziam-no reafirmar dentro de si a promessa feita ao velho pai: O dinheiro que mandaria para que ele comprasse a casa...

Mas as coisas não eram fáceis. Ao final de cada ano, os trocados que lhe sobravam após pagar pela educação dos filhos e as necessidades da família, não eram suficientes para enviar o prometido para o pai.
A família de Mamede Rossini no Brasil vivia uma vida modesta, mas honrada. Mas ele não conseguiu ficar rico! Quando viu todos os filhos formados, Mamede pensou:
 “Agora posso realizar o sonho de meu pai de ter um lar decente!”

Faz parte da cultura de alguns países, comunicarem a morte de algum parente muito próximo, através de cartas contendo uma tarja negra no envelope, em sinal de luto.
Um dia, ansioso como sempre, Mamede, verificou a correspondência, esperando notícias do pai, que ele sabia através de cartas anteriores, encontrava-se muito enfermo.

A carta continha uma tarja negra e Rossini não teve coragem de abri-la. Seu coração apertado e sua intuição lhe diziam que a notícia que mais temia estava contida naquele envelope. Deixou-a sobre um móvel na sala, fechada, muda!

E ela lá está, no mesmo lugar, até hoje, após vários anos, despertando a curiosidade da família, agora numerosa, em torno daquela carta lacrada, nunca aberta. Certo dia, não contendo a curiosidade habitual de toda criança, um de seus netos perguntou: -“Porque nunca abriu essa carta vovô?”
Com o olhar triste e distante, o velho Rossini responde ao neto, com certa amargura:
 “- Porque não consegui cumprir a promessa que fiz a meu pai...”, 

21/03/2012

Como não perder o controle


 

A ciência revela o que se deve fazer para aumentar a força de vontade e a capacidade de autocontrole diante das tentações

Cilene Pereira e Mônica Tarantino

Uma simples recordação de nossa vida cotidiana dá a dimensão do tamanho da batalha para mantermos nossas metas e vencer as tentações. Como conservar a perseverança e acordar mais cedo todos os dias para arranjar tempo para o exercício, se o cansaço paralisa? De que maneira encontrar forças para dizer não ao doce tentador que aparece na hora da sobremesa ou para ficar longe do shopping – e salvar o cartão de crédito – quando o dia foi pesado e a alma implora por um presentinho? É possível recusar o encontro com a colega atraente do escritório ao se pensar que a namorada pode vir a saber e isso virar um grande problema? Em um mundo no qual as compensações por um dia a dia massacrante podem ser abundantes, fica mesmo difícil resistir a elas. O resultado é conhecido: uma sociedade cada vez mais obesa e dependente de remédios que aplaquem a ansiedade e a depressão. Em busca de saídas eficazes para essa encruzilhada, a ciência começa a voltar seu olhar para dois fatores decisivos nessa questão: autocontrole e força de vontade. O primeiro é basicamente o poder de impedir a manifestação de comportamentos prejudiciais e de encontrar métodos que nos levem a alcançar os objetivos. O segundo é o que nos faz persistir e ir adiante na decisão de resistir por um bem maior. Mas o que é preciso fazer para tornar esses dois atributos algo disponível e durável nas nossas vidas? 

As respostas que estão emergindo da comunidade científica desvendam um panorama fascinante. Indicam que essas duas habilidades têm raízes na história da evolução humana, na genética, no ambiente – enfim, são componentes da personalidade de cada um muito mais complexos e sujeitos a influências do que se imaginava. Não é simplesmente uma questão de ter ou não força de vontade e autocontrole. Há mais peças nesse jogo. A primeira conclusão importante a esse respeito vem das pesquisas sobre o comportamento do cérebro
quando exposto a a situações nas quais é obrigado a colocar em ação o poder de autocontrole. Nessas circunstâncias, o que ocorre é uma batalha entre os centros responsáveis pelo processamento dos desejos e do impulso – localizados no sistema límbico – e os que colocam em prática a razão, abrigados no córtex pré-frontal. Um lado pressiona pela recompensa. O outro, pela ponderação sobre a oportunidade e os benefícios reais que o prêmio trará.
Vista assim, essa disputa pode parecer apenas mais uma tarefa do cérebro, entre os milhares que realiza. Porém, ela simboliza um ponto-chave da nossa evolução. As áreas relacionadas aos desejos, ao prazer, foram as primeiras a se desenvolver, até porque se tratava de uma questão de sobrevivência. Nos primórdios da nossa história, comer, dormir, fazer sexo, conquistar um terreno só seu eram fundamentais para viver mais e aumentar a prole – e o cérebro acabou encontrando um caminho para tornar isso tudo um grande prazer.

20/03/2012

VAIDADE DOS HOMENS















E TE FAREI VAIDOSO SUPOR QUE ÉS O MAIOR...

Por Luiza Elizabeth 

Homem é tudo igual!!! E mulher também, dirão eles, só muda o ph. Ou melhor, eu conheço um que é diferente... Mas, qualquer hora dessas ele me decepciona. Estou só esperando. É uma questão de tempo.

Por mais que tenham apanhado da vida e na vida não aprendem nunca!!! Ficam murchos, quietinhos, sonsos, até aparecer a primeira oportunidade de provarem ao mundo que estão vivos, que são viris, desejados, que estão funcionando, com tudo em cima...

Ou pelo menos, é o que as mulheres os fazem crer! E eles caem como patinhos...

Mulher tem uma técnica toda especial de fazer o homem acreditar que é o maioral, que ela está caidinha por ele, que o deseja mais que tudo naquele momento... Ele acredita!!! Arrisca tudo. Família, anos de convivência, filhos, tranquilidade emocional, dinheiro, saúde, qualquer coisa, só para se sentir “por cima da carne seca”, o último biscoito do pacote”.

Um dia desses, vi uma cenas dessas. O sujeito é bem casado, ama a mulher, vivem bem, sem problemas. Até a rotina ele me disse que considerava normal. Que não era uma chateação no relacionamento deles.

Eis, que de repente, não mais que de repente, ele sentiu necessidade de se achar bonito! De se achar mais jovem! De se achar com tudo em cima! E a jovem, bem mais jovem, é claro, sentiu necessidade de se divertir... Estava ali, podia lucrar alguma coisa, quem sabe um carinho, quem sabe um troquinho, quem sabe um cetim? Pronto. Mais uma mulher traída, sem nenhum motivo especial, que não a vaidade masculina.

E claro que ele saiu daquela relação realizado. É claro que ela fez com que ele se sentisse o melhor homem do mundo. Ele também fez isso a ela. Só tem uma diferença: Ela fingiu que acreditou nele. Ele acreditou de verdade!!!

Quando entrevistei um travesti aprendi muitas coisas. Aprendi que um dos motivos  dos homens procurarem os travestis e as prostitutas é para se sentirem realizados. Ouvirem que são gostosos, maravilhosos, viris, incansáveis.

Eles só se cansam quando os homens se cansam, e na maior parte do tempo só tecem elogios e realizam fantasias, que os transformam em garanhões poderossíssimos. Tudo psicológico! Se as esposas em casa usarem esses truques e uma cinta liga de vez em quando, vão fazer o maior sucesso.

Li esses dias que muitas mulheres solteiras vão continuar solteiras e que a maioria das pessoas divorciadas que estão se casando novamente estão procurando parceiros que já tiveram um relacionamento anterior. Mesmo que no pacote venham filhos, lembranças, ex-maridos, ex-mulheres, etc.
Parece que ninguém quer ter trabalho hoje em dia. Ninguém quer ensinar nada a ninguém. Tudo tem que vir pronto. Viva a experiência. Comida pronta. Fast food!!!

A verdade é que mesmo as adolescentes já estão velhas! Já estão sabidas demais. Experientes demais. Têm know how para nos dar aula, a nós, as cinquentonas. Elas sabem tudo, ou quase tudo. Não sabem a tolerância. E seus truques duram pouco. Dura o tempo das ilusões dos mágicos de circo. Quando as crianças crescem, descobrem que que são truques.

O problema com alguns homens é sua eterna meninice. É apostarem que é verdade aquilo que sua vaidade quer que seja não importa o que paguem por isso. Muitos pagam com o ridículo de acreditarem que possuem quem eles querem, ou porque têm poder ou porque podem ter.

As mulheres continuam sendo o sexo frágil. Não importa quantas revoluções sexuais venham. É nisso que elas querem que os homens acreditem. Ainda tem homem que acredita. Os mais inteligentes já descobriram a verdade!

(Crédito foto: IG)

19/03/2012

UMA ARTE




 poema do livro O iceberg imaginário e outros poemas


Uma arte

A arte de perder não é nenhum mistério;
tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subseqüente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
— Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério.

18/03/2012

Marina alegra noite de público eclético






















Viva o "véio" Gurian!!!

De velho ele não tem nada, mas é assim que carinhosamente chamamos o dermatologista Osvaldo Gurian: "véio" Gurian. Aniversariou ontem, sábado e quem chegou em sua casa, cantou, riu muito e se emocionou com a sensibilidade do "cavalão"que chegou às lágrimas com a chegada do filho Guilherme que apareceu de surpresa para abraçar o Paizão. Amigão, Paizão, cavalão , maridão. Para o "véio" Gurian só mesmo um "abração".