28/08/2011

SÓ PARA QUEM ESTÁ ACIMA DO PESO...

27/08/11




Obesos que levam uma vida saudável são menos propensos a problemas 
cardiovasculares, afirmaram pesquisadores da Universidade de York, em 
Toronto, no Canadá, que analisaram dados coletados de seis mil 
americanos obesos durante 16 anos, e compararam o risco de mortalidade 
deles com o de 23.309 indivíduos com peso normal.

"Nossos resultados questionam a ideia de que todos os obesos precisam 

perder peso", declarou Jennifer Kuk, professora na escola de York de 

Ciência da Saúde, autora principal do estudo publicado na revista

Applied Physiology, Nutrition and Metabolism.

De acordo com Jennifer, tentar perder peso e fracassar pode ser pior que 

manter um elevado peso corporal e levar um estilo de vida saudável que 

inclua atividade física e dieta equilibrada com muita fruta e verdura.

Os pesquisadores utilizaram o sistema de classificação da obesidade de 
Edmonton (EOSS, na sigla em inglês) que, segundo afirmam, é mais 
confiável que o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) baseado no 
peso e na altura, e que aquele que mede a circunferência da cintura. O 
novo sistema, desenvolvido pela universidade canadense de Alberta, 
estabelece cinco fases da obesidade, levando em conta, além do IMC e do 
tamanho da cintura, parâmetros clínicos que indicam a presença de 
doenças frequentemente agravadas pela obesidade, como diabetes, 
hipertensão e problemas coronários. 
Embora um índice elevado de IMC esteja associado com um maior risco de 
doenças relacionadas com a obesidade e de mortalidade, essa é uma 
medida indireta, que não distingue entre tecido gorduroso e magro, nem 
leva em conta o estilo de vida das pessoas. Por isso, de acordo com a 
classificação EOSS, duas pessoas com IMC acima de 30, considerada 



obesas, devem ser avaliadas distintamente.
Para o chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas da USP,
 Marcio Mancini, o estudo acerta ao não se basear exclusivamente no IMC. 
"O método utilizado leva em consideração a presença de doenças 
associadas à obesidade e não se limita a usar somente o peso e a altura." 
Segundo Mancini,os resultados da pesquisa se justificam porque "há 
obesos metabolicamente normais',  que não desenvolvem diabetes, não 
têm alteração de colesterol e triglicérides, mas podem ter 
outras complicações como osteoartrose, apneia desono, aumento de 
acidentes e câncer relacionado à obesidade. 
Por outro lado, há magros 'metabolicamente 
obesos', que ganham poucos quilos predominantemente no abdome, 
fígado, músculos e desenvolvem diabetes com 
IMC na faixa de normalidade ou sobrepeso."

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