10/08/2011
Luiza
Elizabeth
Aprendemos que o que fica
plasmado em nós é a primeira impressão que temos de pessoas, lugares,
situações...
Será que é mesmo assim? Não será esse, mais um paradigma
a ser
quebrado? Não seria mais uma lição,
implantada em nossas memórias, que poderia
ser reaprendida ao avesso?
Sempre que encontramos alguém, ou
vamos a algum lugar
pela primeira vez, estamos vivendo um momento único,
especial. Pode ser bom ou não. Posso conhecer você em um momento em que acabei
de ter uma diarréia e tudo à minha volta pode
parecer verde!!! Inclusive a sua
cara.
Se sou uma pessoa tímida, não vou
me abrir para você,
e você vai me considerar antipática. Se alguém que não
gosta
de mim já lhe passou referências negativas sobre
a minha personalidade,
no nosso primeiro contato
você não vai gostar do meu corte de cabelo, vai achar
a minha roupa cafona, meu tom de voz vai lhe soar estridente,
e tudo que eu
disser vai ser interpretado
de uma maneira “atravessada”,
dificultando uma possível,
futura amizade.
Essa é a primeira impressão. Estereotipada.
Moldada anteriormente.Sem tempo e lugar para
acontecer livremente. De maneira
simples.
Aí vêm outras oportunidades de contato. Outros lugares,
outras
influências, outros humores. E muda a sintonia...
A gente descobre que tem até
afinidades com a outra pessoa,
e acaba transformando a antipatia anterior num
relacionamento mais estreito, não necessariamente
uma amizade de infância, mas,
uma boa aquisição
para a vida, como são todas as amizades...
É claro que existem “santos
que não se cruzam”:
Coisas e pessoas mal resolvidas de outras vidas,
que voltam a se encontrar e que inexplicavelmente (?)
nos causam sensações
adversas, que deveríamos lutar
para vencer, em função de nossa evolução
pessoal.
Mas, de uma maneira geral,
julgamos, e criamos
pré-conceitos antes de verdadeiramente conhecermos as
pessoas. Até que viajamos juntos, sofremos juntos,
e dividimos as mesmas idéias,
acertos e desacertos.
É claro que, determinados
comportamentos nos fazem
criar idéias pré concebidas, que nos afastam das
pessoas,
mesmo antes de nos aproximarmos delas.
Dificilmente terá um bom caráter
a pessoa que discrimina
os que lhe servem como domésticos, gritam com os
mesmos,
os fazem comer uma comida diferenciada e na rua
são cheios de
reverências aos amigos abastados...
É difícil encontrar justificativa para esse
tipo de comportamento!
Quem trata seus funcionários aos
gritos não é boa
referência de amizade. Um dia vai aprontar alguma com você!
Quem joga lixo na rua também! Quem vive falando da vida
dos outros também!!!
Não é só falta de educação.
Determina falha no caráter. Mais cedo ou mais tarde
essas pessoas cometem falhas de comportamento
na lide diária que derrubam a
nossa primeira,
segunda e até terceira impressão.
Mas também, é falha nossa não nos
permitir, tempo
e espaço para conhecermos melhor as pessoas
que estão ao redor
de nós. Ganham elas, ganhamos nós,
ganha o mundo, que vai poder contar com uma
maior
comunhão de novas idéias, trocadas por pessoas
que antes guardavam essas
idéias só para si.
Até os lugares têm direito a uma
terceira impressão.
Se você vai a um lugar maravilhoso com uma pessoa,
ou com
as pessoas erradas, nunca mais vai querer voltar,
mas se a companhia é boa, e
você se permite conhecer,
esquecer as impressões que um dia teve,
então vai
querer voltar, com aquelas pessoas
e com outras, das quais você ainda tem só a
primeira impressão, que não precisa, necessariamente, ficar pra sempre!!!
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