27/10/11
Por Luiza Elizabeth
Há
vinte anos atrás decidi abandonar várias crenças. Naquela ocasião passei a
integrar uma sociedade internacional e milenar da qual passei a esperar muita
coisa: Sabedoria, Justiça, Iluminação, Espiritualização. “A Eterna Busca do Homem!”.
Passei a estudar tudo que encontrava pela frente, ávida de respostas.
Aprendi
e constatei na minha Sociedade que “Aves da mesma plumagem voam juntas...”
Buscando a espiritualização e a pureza de coração aprendi em várias doutrinas que
existe uma lei de ação e reação, e que os homens sendo imperfeitos deturpam as
leis de Deus, atropelam as leis da Natureza e cometem injustiças contra os
próprios homens ao fingir que seguem as leis nas quais acreditam porque lhes
convem.
Um
dia ganhei de presente um livro sobre uma sociedade secreta que me impressionou
com alguns de seus ensinamentos. Sempre que estou em busca de justiça e
imparcialidade em alguma atitude que devo tomar eu o releio: E lá diz que: “Em igualdade de circunstâncias, é
meu dever preferir um Irmão, sempre que para fazê-lo não cometa uma injustiça,
que fira minha consciência.”
Logo cedo
percebi que somente o Grande Arquiteto do Universo possui imparcialidade e é
integralmente justo, e sendo nós, humanos falíveis, cheios de interesses
terrenos não conseguimos fechar os olhos e ser absolutamente justos... Lá
se foi por água abaixo o ensinamento!!!
Só Aquele que
vê todos os nossos telhados de vidro, e conhece bem todos aqueles que fogem de
suas responsabilidades sociais, e se desviam do caminho da moral, não comete enganos...
Desacreditei de seitas e religiões e sociedades outra vez, vinte anos depois do
início da minha busca...
Não acredito
no paternalismo que alimenta, mas, não educa, que mata a fome, mas cega a
razão.Não posso aceitar a exploração sistemática e interesseira da vaidade
alheia como meio de vida do “adulador incompetente” servil e ambicioso, que
espera da sociedade favores que lhe diminuem a dignidade... Mas isso não
importa ao Homem sem caráter. E perco mais uma vez a Fé nos homens!
È o espírito de corporativismo e de patota que
encontro todos os dias em nossa sociedade que me assusta. Não importa se a
prática desse hábito ferirá para sempre a criança de cinco ou doze anos que
será violentada. A igreja protegerá o padre pedófilo e o transferirá para outra
paróquia.Policiais e políticos corruptos protegerão seus iguais, não importando
se com isso a bala se perderá o remédio faltará aos pobres, se a sociedade sairá
mais uma vez prejudicada...São todos escoteiros, com seus próprios códigos,
acreditando em suas próprias mentiras e julgando-se especiais.
Que ensinar para os nossos jovens garotos
cheios de hormônios? A fazer uma casa na árvore escrito “Menina não entra”,
sendo que são elas que tem que lavar a louça, ou mostrar às nossas meninas o
erro de queimar radicalmente o sutiã e não ter quem lhes mande flores?
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