07/10/2011

SEM TEU AMOR EU NÃO POSSO VIVER

07/10/11


 por Luiza Elizabeth

Esse é um dos nossos grandes erros! Nos transformar em eternos dependentes de outras pessoas. Não aprendermos a criar a nossa principal independência, muito mais importante que a independência financeira, a afetiva.
Fomos educados a amar assim: Eu te amo se você me ama. Eu te amo, logo, eu preciso de você!Ainda não “caiu a nossa ficha” que dependência é morte. Não só das drogas, mas depender de qualquer coisa ou pessoa É UMA DROGA!
Começa com os pais. Amamos nossos filhos erradamente impondo condições. Precisam ser  bonzinhos e aí  gostaremos deles, é o que lhes dizemos . Precisam ser exemplares ou pelo menos muito bons para serem aplaudidos e não apenas serem eles mesmos com seus erros e defeitos, lutando todos os dias pra aprender a serem bons filhos, depois bons companheiros, bons amigos, bons pais, mas sempre buscando receber alguma coisa em troca do amor que dão, pois assim foram ensinados.
Nós não sabemos o que é amar incondicionalmente. Por esse motivo nos vemos atrelados afetivamente a nossas amizades, nossos filhos, nossos amores  ...
Nossas relações são baseadas no medo e não no amor simples e puro sem cobranças e sem condições. Ambos são energias fortes, mas que nos carregam para caminhos opostos: O medo é a energia que restringe, paralisa,retrai, nos leva a fugir dos sentimentos, das pessoas, de relacionamentos novos, faz com que a gente se esconda da vida e acaba por nos levar a ferir a nós mesmos e aos outros.
O amor é a energia que expande nossos corações, nos move em todas as direções, revela quem somos sem máscaras, nos leva a ficar ao lado das pessoas que amamos partilhando bons e maus momentos e curando com o tempo todas as dores.
O medo nos faz segurar tudo que temos enclausurar as pessoas ao nosso lado, não deixa-las ter expressão própria, faz com que fiquem com a gente sem saber ao menos porque estão, numa prisão sem barras, cheia de condicionamentos. O amor dá tudo, principalmente a liberdade, o prazer de ir e vir , sem amarras, a certeza de voltar, por puro prazer de querer ficar junto,de rir junto, de dividir tudo por livre e espontânea vontade .
medo sufoca, exige a presença constante, o relato dos pensamentos mais secretos. O medo oprime, o amor liberta. O medo irrita, nas cobranças que fazemos de uma mudança que não nos foi prometida. O amor incondicional nos acalma nos torna doces, pacíficos, capazes de produzir em dobro, e iluminar os lugares aonde vamos pelo simples fato de estarmos sendo amados pelo que somos sem condições. O medo critica,é preconceituoso,punitivo . O amor simplesmente regenera!
É esse amor que precisamos ensinar aos nossos filhos. Mas temos primeiro que aprende-lo. Praticá-lo. Precisamos entender primeiro que não somos responsáveis pela felicidade de ninguém e ninguém o é pela nossa. Podemos cooperar para que aqueles que nos cercam e que nos foram confiados pela vida tenham uma existência mais digna e possam contar conosco nos momentos de dificuldade, mas a cada um o seu próprio fardo.
Nosso trabalho em relação aos filhos é torná-los independentes; ensinar-lhes o mais rapidamente e o melhor possível a viverem sem a nossa interferência; isso é amar sem medo, amar sem medo de perder, amar na certeza de que NÃO seremos uma benção na vida de nossos filhos enquanto formos necessários para a sua sobrevivência, mas seremos verdadeiramente um BEM MAIOR a partir do momento em que perceberem que somos desnecessários.
Isso vale para todas as relações de interdependências: O verdadeiro professor não é aquele que tem mais conhecimento, mas o que o transmite a mais alunos, e faz com que essas pessoas possam pensar por si só e irem em busca de novos caminhos.
O verdadeiro mestre não é aquele que tem mais discípulos, mas o que forma mais mestres e com isso contribui para a evolução dos seres humanos.
O verdadeiro amor é o que nos deixa livres! ! Livres para voltar, livres para escolher, para amar sem condições!!!


                                                                

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