25/11/2011

DIFICULDADE PARA ENGOLIR PODE SER GRAVE



A dificuldade moderada, ou até mesmo leve,

 de engolir 

substâncias líquidas ou sólidas não deve ser 


negligenciada. “Assim que é diagnosticado o problema, 


é fundamental investigar a sua causa, pois em alguns 


casos pode ser o alerta de algo mais sério”, aponta 


Rubens Sallum, gastroenterologista e diretor do Serviço 


de Cirurgia do Esôfago do Hospital das Clínicas da 


Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP).


Exames regulares para fumantes, alcóolatras e quem sofreu 

agressões no esôfago

A disfagia – dificuldade de engolir – é um sintoma 


comum em doenças graves como “megaesôfago” e 



“câncer de esôfago”.  Segundo o médico, muitas vezes 


os pacientes acabam procurando tratamento tardio a 


esses males. “Em ambas as doenças, dois ou três meses 


subestimando o sintoma podem ser cruciais. Quando o 


médico é procurado, a situação já se agravou”, alerta, 


ressaltando que assim que o sintoma é reconhecido é 


recomendável rapidamente procurar um médico e, 


quando necessário, fazer uma endoscopia.



Os tumores epidermóide (próprio do revestimento do 


esôfago) e adenocarcinoma (que atinge a junção do 


esôfago com o estômago) quando diagnosticados tem 


alto percentual de cura. Segundo o médico, a cura nos 


estágios iniciais chega a 90%. Quando a doença é 


tratada em estágios mais avançados, os índices de cura 


podem chegar em 60%, mas dependem de modernas 


técnicas de tratamento. “Em alguns casos, é necessário 


fazer uma cirurgia radical de retirada do esôfago 


(esofagectomia), mas para oferecermos essa operação é 



fundamental diagnosticarmos a doença em estágio 


menos avançado”, informa Rubens Sallum.



No megaesôfago, a musculatura no final do esôfago – 


que funciona como um esfíncter que abre e fecha – 


para de abrir normalmente impedindo a passagem de 


alimentos, o que leva a uma dilatação do esôfago. Uma 



das conseqüências é a dificuldade de engolir alimentos, 


podendo gerar alteração do estado nutricional do 


paciente.



O especialista do HCFMUSP alerta que, além da atenção 


que a população em geral deve ter à disfagia, é 


fundamental que fumantes, alcoólatras e aqueles que já 


sofreram alguma agressão no esôfago (como, por 


exemplo, quem ingeriu soda cáustica no passado) 


façam regularmente o exame de endoscopia.



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