16/12/2011

“VOCÊ... QUE TANTO TEMPO FAZ...”


16/12/11

Por Luiza Elizabeth
Vira e mexe recebo textos da internet, mensagens, que para alguns podem parecer piegas, lembrando-nos que não devemos deixar para amanhã o que pode ser feito hoje. O  beijo apaixonado, o pedido de perdão ,o abraço carinhoso, a declaração de amor...
Algumas lições valem ser aprendidas. Vale aprender que o tempo modifica as pessoas. Que a cada dia que passa não somos mais quem éramos ontem, mudamos junto com nossos sentimentos, nossos erros  são outros, nossas virtudes também.
Você que eu não conheço mais...” Não conheço porque se transformou em outro alguém, assim como eu. E é a esse alguém que quero confessar que um dia “Eu amei demais...” Quero confessar antes que o tempo passe, antes o dia acabe, antes que o sol se ponha...
Quero me despir da vergonha que nós seres humanos temos de dizer as coisas mais simples para aqueles que um dia não vão mais poder ouvir, porque nós não teremos mais oportunidade de falar.
 Na verdade, só encontramos coragem de expor a ferocidade de nossas iras e de nossas vinganças. Isso sabemos fazer bem. E parece que nos orgulhamos disso. E sempre fiz isso muito bem. Aqui mesmo, nesse mesmo lugar. Hoje quero expor minha fraqueza, me despir de minhas iras, das minhas emoções torpes enquanto ainda me permito...
Com o passar do tempo não amamos mais como quando éramos jovens. Por isso não te conheço mais e “os beijos que já não te dou” transmutaram-se em beijos e carinhos outros que somos capazes de interpretar e sentir de outras maneiras e permitir que acalmem nossos sentidos cansados.
Quem já viveu tanto quanto nós me entende. Entende que existem sentimentos mais fortes que a volúpia de um abraço apaixonado e cheio de desejo.
Existe o abraço cheio de ternura de quem já rasgou todas as cartas de amor de um passado que não interessa mais, que não alimenta mais dor de cotovelo nem devaneio nenhum. Existe a calmaria e a certeza de que nada nessa vida é certo ou é pra sempre.
 E que se tudo acabar amanhã teremos vivido o que era para viver e tudo durou o tempo que era para durar. Só isso. Sem culpas.
Sei que não me amas mais! Não aquele amor de ontem. Não me iludo!Nem és aquele que conheci e amei um dia e que me fez sofrer e chorar. Aquele eu amei e odiei e desprezei e também fiz sofrer. Ficou no passado. Eu não conheço mais!!!
Você é hoje meu outro alguém. Meu querido, meu amigo, meu novo bem. Não é para mim mais nada do que foi um dia nem sou pra você coisa alguma do que um dia fui. Que bom que seja assim. Ainda nos surpreendemos quando trocamos olhares furtivos, ainda nos divertimos com segredos só nossos, ainda temos o que descobrir e descobrimos, na vida e em nós... É isso que interessa.
Espero que não seja tarde pra repetir o poeta, dessa vez sem mágoa...
Parabéns meu velho amor!!!

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