Stephanie D’Ornelas
Ao longo do tempo, a raça humana já inventou muitas formas diferentes de destruir a si mesma.
muitos cientistas já se dedicaram a analisar algumas atitudes que as pessoas tomam, mas grande parte dessa área de conhecimento ainda permanece um mistério para muita gente. Esta lista com comportamentos destrutivos é uma tentativa de jogar alguma luz sobre este assunto.
MENTIRA-
Contar uma mentira não é tão fácil para quem não
está acostumado: um estudo cronometrado concluiu que a mentira leva 30% a mais
de tempo para ser falada do que a verdade. Outras pesquisas mensuram quantas
vezes uma pessoa mente em um dia, um ano ou na vida inteira, por exemplo. Em
uma destas investigações, feita por psicólogos da Universidade de Massachussets
(EUA), 60% dos participantes foram flagrados mentindo pelo menos uma vez em uma
conversa de dez minutos.
Mas ainda não está clara a origem da tendência à
mentira. A maior parte dos psiquiatras a atribui a problemas de auto-estima:
quanto mais baixa, maiores as chances do uso da mentira para mascarar a
situação. Psicólogos de outra universidade americana, a Washington and Lee
(Lexington, Virginia), afirmam que a definição de mentira já é algo impreciso.
Para eles, a mentira depende de duas coisas: a pessoa que conta deve acreditar
que sua frase é falsa, e deve estar com intenções claras de que o interlocutor
a aceite como verdade. Se fugir desse perfil, já não pode ser chamada de
mentira.
VIOLÊNCIA
Será que a violência só acontece quando existe
um motivo? Ou o cérebro e genes do ser humano são condicionados a uma busca
natural por ela? Muitos pesquisadores já acreditaram na segunda opção.
Analisando a pré-história, nossos ancestrais tinham hábitos como canibalismo,
por exemplo, mas pesquisas recentes indicam que eles eram mais pacifistas do
que o homem atual.
No mundo animal também existe violência, quase
sempre relacionada à luta por comida, parceiros sexuais ou território. Os seres
humanos, em maior ou menor escala, apresentam essas mesmas características:
estudos de 2008 mostram que existem áreas específicas no cérebro para esse fim.
Alguns psicólogos acreditam, por essa razão, que
o ser humano é uma das espécies mais violentas do planeta: o mecanismo hormonal
responsável por isso é ativado muito facilmente. Mesmo que a situação violenta
não tenha uma relação aparente com o instinto de sobrevivência animal.
ROUBO
Já não é algo novo na sociedade a existência dos
cleptomaníacos, pessoas que teriam tendência natural ao roubo. Um estudo com 43
mil pessoas descobriu que 11% admitiram já ter roubado uma loja pelo menos uma
vez. Mas se esta atitude nem sempre é motivada por necessidade, é preciso que
algum fator emocional a explique: a adrenalina da ação, por exemplo.
Uma pesquisa de 2009, conduzida pela
Universidade de Minnesota, os participantes foram ministrados ou com um placebo
ou com doses de naltrexona, um fármaco que reduz a compulsão por álcool e
outros vícios, como drogas e jogo. E o teste mostraria que a substância reduz
também a compulsão ao roubo, ou seja, ele também seria uma espécie de vício
nocivo instalado em nossas mentes.
Fatores neurológicos à parte, também já foi
registrado o ato de roubar no mundo animal. Algumas espécies de macaco usam
truques para chamar a atenção dos rivais, tirá-los do lugar onde vivem e roubar
a comida deles durante a ausência.
Continua ...
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