Um estudo da Universidade de Wroclaw, na Polônia, decidiu
investigar se existe algum jeito de conhecer a personalidade
de uma pessoa sem
necessariamente conversar com ela. E
realmente existe um indicador alternativo:
alguns traços da
personalidade podem alterar seu odor corporal.
Os pesquisadores recrutaram 30 homens e 30 mulheres
para o
experimento. Durante um período de três dias, cada
participante deveria usar
apenas uma camisa branca de
algodão, fornecida pelos condutores do teste. Não
podiam
passar perfume ou qualquer produto que disfarçasse o
cheiro, não podiam
fumar, nem comer alimentos com odor
muito forte.
Depois do período de manutenção do próprio cheiro, as
camisetas
dos 60 voluntários foram recolhidas. Cada uma foi
colocada em um saco plástico
inodoro e não transparente,
para que não pudesse haver identificação. Nesse
ponto da
pesquisa, 100 homens e 100 mulheres foram divididos em
turmas para
avaliar o cheiro das camisetas.
Os avaliadores deveriam classificar cheiros semelhantes e
separá-los dos outros, de forma a compor “grupos de
odores” parecidos. Em
paralelo a isso, um
acompanhamento psicológico foi conduzido com os 60
voluntários que vestiram a camiseta durante os três dias.
Eles também foram
agrupados de acordo com traços de
personalidade: extroversão (alto grau de
sociabilidade),
dominância (vontade de liderar) e nervosismo (constantes
demonstrações de ansiedade).
Na última etapa da pesquisa, os resultados foram
relacionados: de
um lado, os grupos de cheiros de
camiseta, e de outro, as características de
personalidade.
Os resultados, conforme explicam os pesquisadores, não
foram
exatamente perfeitos, mas houve uma boa margem
de semelhança entre determinado
cheiro e um traço
psicológico correspondente.
Alguns fatores para essa divisão, segundo os cientistas, são
mais
visíveis do que outros. Por exemplo, pessoas com alto
grau de nervosismo tendem
a suar mais, o que se reflete no
cheiro. Por outro lado, algumas
características de
dominação implicam em maior produção de certos
hormônios, o
que é um fator indireto, mas ainda assim pesa
na balança. [LiveScience]
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