Por Luiza Elizabeth
Mas não é do jeito que eu nasci que vão me
enterrar! Que até lá dá pra mudar muita coisa. Melhorar muuuuiiiito!Andam até
dizendo que a Morte está errando a pontaria, pois quando ela pensa que vai
acertar numa pessoa, a tal pessoa já está tão modificada pelas cirurgias
plásticas que fez, e a “mardita senhora”
acaba acertando outra, que morre no lugar errado, e na hora errada. Sinal dos
tempos...
Sou daquelas pessoas que acreditam piamente
que tudo que acontece nesse mundo é com a permissão do “gerente” lá em cima. “Não
cai uma folha da árvore...” Principalmente quando se trata de avanços
tecnológicos, descobertas no campo da medicina, pesquisas, enfim, tudo que vem ajudar
a melhorar a vida do ser humano. Acredito também que, um dos objetivos do homem
é a busca da Perfeição e da Felicidade. Sem essas coisas ele não consegue
evoluir.
Mas acredito também que é imprescindível
haver equilíbrio em tudo na nossa vida. Em nossas ações, em nossos sentimentos,
tudo enfim. E é na falta de equilíbrio que as pessoas esbarram com suas atitudes...
É a falta da medida certa que nos leva a
cometer atos insanos, loucuras que não tem volta, arrependimentos tardios. Isso
serve para todos os setores da nossa vida. Até mesmo para classificar o belo e
o feio. E essa falta de parâmetros está levando as pessoas de ambos os sexos,
de todas as idades, a cometer as maiores loucuras, a cair no ridículo, tudo por
falta de equilíbrio...
Afinal, o que é belo e o que é feio?
Respondeu-me alguém que lida diariamente com padrões de beleza, que os dois
conceitos estão relacionados com harmonia. Em tudo que há harmonia e perfeito
equilíbrio, há beleza!
É por isso que às vezes não entendemos
porque um nariz tão grande fica tão bonito em determinado rosto. É harmônico.
Ou porque em determinadas pessoas nada fica bonito. Qualquer peça, por mais
cara que seja, perde o brilho, o valor. E em outras, é justamente o oposto.
Sobra beleza? Sobra feiúra? Não! Há equilíbrio! Há harmonia!
Há harmonia nos gestos, no olhar, há
harmonia no andar. Há equilíbrio nas atitudes. Há equilíbrio nos sentimentos,
nas palavras ditas harmoniosamente na hora certa. E há principalmente um
silêncio equilibrado que exalta a beleza que bisturi nenhum pode criar.
Realmente, como disse o poetinha: “Os
feios que me perdoem, mas, beleza é fundamental!”.
Não essa beleza cantada em outdoors,
revistas e xampus! Nem estou falando da tal beleza interior que é arremedo de
quem não foi agraciado pela mãe natureza! Estou falando do que não se enxerga
por trás do que se vê!!! Daquela mulher que é sempre o centro das atenções sem
ser linda e antes que saibam se é gostosa.Estou falando daquelas, lindésimas,
objetos dos desejos masculinos, e que sofrem de solidão...
A harmonia existente no feioso que tem aquela
pegada e aquele charme, que falta no bonitão, que só serve pra tirar
fotografia!!! E aí os cirurgiões plásticos estão com as agendas lotadas.
Pessoas que buscam na ponta de um bisturi respostas para as perguntas que
ocupam o vazio que é suas vidas. A vida das pessoas da nossa sociedade moderna.
Vidas vazias, sem um sentido, sem um
significado real. Acabam em ideais de beleza que não traduzem o que é belo para
elas e sim o que é belo para os outros. Perdemos a noção do belo. Aquela coisa “boa de se ver”, “gostosa de se olhar”. Aquela “coisa bonita”, que só se enxerga com
olhos de bem-querer. Não tem grife, não tem pluma, não tem pedra,
É a beleza do simples, do puro, do que
ainda é ingênuo. Do homem de barba feita. De maneiras gentis, porém firmes,cheirando
a sabonete, que não cospe no chão! Da mulher de cara lavada, cabelo molhado,cheia
de graça, algumas rugas quando sorri, alguma bunda pra se apertar, peito o
suficiente pra dar de mamar! Tudo com equilíbrio. Tudo com harmonia. Que
bonito! Que beleza!
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