03/02/2012

POLÍTICOS E SUA ROUBALHEIRA

Meus amigos blogueiros aqui da cidade devem ficar imaginando o que eu tenho na cabeça e porque blogo tanta garotada em baladas , só abordo assuntos sobre sexo e outras amenidades.A resposta é simples: Deixo o trabalho árduo para vocês  que têm mais competência para tratar de política  e tragédias (afinal as duas coisas nos fazem chorar).De vez em quando dou um tempo nas baladas e escrevo ou reproduzo o que outros pensam e seriam minhas aquelas palavras.Às vezes, encontro um texto ou entrevista sobre essas desgraças e penso que vale a pena copiar Foi o que aconteceu com essa entrevista do senador Aloysio Nunes Ferreira à revista Época e que reproduzo aqui.

Aloysio Nunes Ferreira: “Político ladrão é ladrão em qualquer sistema”


O senador do PSDB diz que o financiamento público não acabará com o caixa dois nas campanhas eleitorais e que a Comissão da Verdade não deve ter limites

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) é reto e direto em suas declarações. Escolhido na semana passada relator do projeto da Comissão da Verdade, ele afirma que não deve haver limites para apurar violações de direitos humanos cometidas durante o período da ditadura militar (1964-1985). Ex-militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), Ferreira diz que a comissão deve tratar abertamente de abusos tanto dos militares como da esquerda. Nesta entrevista a ÉPOCA, Ferreira trata ainda das disputas no PSDB, da fraqueza da oposição, da criação do PSD e ataca a proposta de instituição de financiamento público nas campanhas eleitorais. “Acho hipocrisia dizer que financiamento público é o antídoto contra a corrupção”, afirma.
ÉPOCA – O senador Aécio Neves se declarou candidato à Presidência em 2014. O ex-governador José Serra disse que é cedo falar nisso. Essa disputa vai se manter até lá? 
Aloysio – O fato de o senador Aécio dizer que está disposto a enfrentar a eleição é um segredo de polichinelo. Todos nós sabemos disso. E também a inconveniência de lançamento de candidaturas agora é apontada por todas as lideranças que têm um mínimo de responsabilidade com o partido como algo que deve ser evitado. Porque coloca em risco a unidade de que nós precisamos para levar adiante nossa tarefa de oposição. Acho importante começar a discutir, sim, o mecanismo de escolha do candidato. Eu sou favorável a uma prévia ampla, de que participem todos os filiados – e isso implica um trabalho de reorganização.
ÉPOCA – Por que o senhor reclamou, no Twitter, quando a seção paulista do PSDB o excluiu – e ao ex-governador José Serra – do programa de TV?
Aloysio –
 (Rindo) Veja bem: eu abandonei o centralismo democrático há muitos anos! Exprimi(minha opinião) publicamente porque sou assim: quando fico de saco cheio, eu estrilo (ri). Agora, eu quero dizer que não tenho nenhuma divergência de fundo com o PSDB de São Paulo. E tenho um entendimento harmonioso com o governador Geraldo Alckmin – que nada tem a ver com isso.
ÉPOCA – O PSDB é um partido desarticulado?
Aloysio –
 Nós temos falhas graves do ponto de vista da organização. Em alguns Estados, como Amazonas e Ceará, nossa estrutura foi aniquilada por uma campanha pessoal do Lula. No Nordeste, com exceção de Alagoas, nossa posição é grave. Não é possível que tenhamos chegado ao grau que chegamos de esvaziamento político no Rio de Janeiro. O PSDB em Santa Catarina e no Paraná tem antagonismos graves.
ÉPOCA – Qual é a situação da oposição no Senado?
Aloysio –
 Nós fazemos o que é possível fazer, com as forças minguadas que temos. Acontece que o Congresso não está em odor de santidade perante a opinião pública. O governo tem uma pauta legislativa paupérrima – com exceção da Comissão da Verdade. Estamos fazendo o possível para atravessar esse deserto. Nós ainda não temos um Moisés para nos guiar, mas temos alguma reserva de água (rindo).
ÉPOCA – A reforma política vai sair?
Aloysio –
 Não vai acontecer nada de relevante. A única mudança que teria um efeito positivo é o fim da coligação nas eleições proporcionais.
ÉPOCA – O que o senhor acha do financiamento público para as campanhas eleitorais?
Aloysio – 
Sou contra. Eu acho que nós já temos bastante dinheiro público nas eleições, quase R$ 1 bilhão. Se nós compararmos os gastos declarados pelos partidos nas últimas eleições, R$ 3,2 bilhões, com o projeto de criação de um fundo de financiamento público de R$ 1 bilhão, em discussão no Senado, cabe uma pergunta: de onde viria essa diferença (de R$ 2,2 bilhões)? Viria do caixa dois! Eu acho hipocrisia dizer que financiamento público é o antídoto contra a corrupção. Isso é para legitimar a tese do Lula e do PT de que o mensalão era para financiar campanhas.
ÉPOCA – A reforma política vai se prestar a esse serviço?
Aloysio – 
Já está se prestando. A tese do PT e do Lula é que o financiamento público é a fórmula para combater a corrupção. Político que rouba, rouba para ficar rico. Político que está bem politicamente não precisa catar dinheiro fora do período eleitoral. Quem rouba é para ficar rico, para ter um nível de vida acima do que seu rendimento lícito permite. Político que é ladrão, é ladrão em qualquer sistema: financiamento público, privado. Está aí para roubar.
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O PMDB era o partido ônibus. O PSD é um partido van: cabe muita gente, só que é menor. Mas tem a vantagem de entrar em qualquer lugar "

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