Transtorno do comprar compulsivo, ou síndrome
do comprar compulsivo, também conhecido pelo termo técnico “oniomania” (do
grego onios, à venda, e mania, insanidade) é uma forma de transtorno obsessivo
compulsivo (TOC), uma doença mental grave centrada na preocupação excessiva com
algo.
Pode não parecer, mas o TOC é bastante comum.
No Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores. Quanto ao
transtorno do comprar compulsivo, estudos apontam que afeta cerca de 5,8% dos
adultos.
Comprar compulsivamente pode parecer uma
“doença moderna”, mas não é tanto assim. A rainha francesa Maria Antonieta (1755
– 1793) era conhecida e odiada por seus excessos, além de outras personagens
históricas lembradas por episódios de compras compulsivas, como Jackeline
Kennedy Onassis e Princesa Diana.
Esse transtorno é caracterizado por
preocupações ou impulsos frequentes, considerados irresistíveis, de comprar
frequentemente mais do que se pode pagar, itens que às vezes não são nem
necessários. Isso causa na pessoa uma séria disfunção. Os que sofrem da doença
podem se meter em problemas financeiros e sociais, por só conseguir pensar em
comprar.
E como curar isso? Atualmente, o tratamento
para o transtorno é centrado na psicoterapia, visando à mudança de
hábitos/comportamento. Medicamentos podem ser usados em casos mais graves.
Para o tratamento do TOC, remédios como
Clomipramina (Anafranil), Paroxetina (Aropax, Pondera), Fluvoxamina (Luvox),
Fluoxetina (Prozac, Psiquial, Verotina, Deprax, etc.), Sertralina (Zoloft,
Tolrest) e Citalopram (Cipramil) são utilizados.
Agora, no entanto, uma nova droga pode
aparecer na jogada: o Ebix, um remédio à base de cloridrato de memantina,
substância que age como moduladora da ação excitatória, produzida pelo
neurotransmissor chamado ácido glutâmico.
O Ebix é usado no tratamento de doenças como
Alzheimer e Parkinson, porque tem uma função protetora das células nervosas com
falta de circulação sanguínea ou oxigênio e melhora a transmissão dos sinais
nervosos e memória.
Porém, os cientistas também acreditam que a
memantina está envolvida na obsessividade e pode desempenhar um certo papel no
TOC.
Por isso, psiquiatras da Universidade de
Minnesota, em Minneapolis (EUA), deram a droga para algumas de nove pessoas
entre 19 e 59 anos, diagnosticadas com transtorno do comprar compulsivo.
Todos os participantes do estudo gastavam em média 61% de sua renda em compras
impulsivas, principalmente de roupas, e passavam até 38 horas por semana em
lojas.
Depois de oito semanas, os homens e mulheres
do estudo que tomaram o remédio conseguiram reduzir a quantidade de tempo e
dinheiro gasto em compras.
Em geral, contando com menos compras e menos comportamentos
impulsivos, o medicamento reduziu os sintomas do transtorno pela metade.
“As horas passadas
fazendo compras por semana e o total de dinheiro gasto em compras diminuiu
significativamente, sem efeitos colaterais”, disseram os pesquisadores.[Telegraph,
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